segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O ciúme.


Dorme o sol à flor do Chico, meio-dia
Tudo esbarra embriagado de seu lume
Dorme ponte, Pernambuco, Rio, Bahia
Só vigia um ponto negro: o meu ciúme
O ciúme lançou sua flecha preta
E se viu ferido justo na garganta
Quem nem alegre nem triste nem poeta
Entre Petrolina e Juazeiro canta
Velho Chico vens de Minas
De onde o oculto do mistério se escondeu
Sei que o levas todo em ti, não me ensinas
E eu sou só, eu só, eu só, eu
Juazeiro, nem te lembras dessa tarde
Petrolina, nem chegaste a perceber
Mas, na voz que canta tudo ainda arde
Tudo é perda, tudo quer buscar, cadê
Tanta gente canta, tanta gente cala
Tantas almas esticadas no curtume
Sobre toda estrada, sobre toda sala
Paira, monstruosa, a sombra do ciúme


O ciúme dói tanto. Nem imaginas o quanto. Se eu pudesse escolher, não sentiria ciúmes nenhum. O ciúme fere. A tal flecha preta entra dicumforça no peito da gente. Ai, dói muito. E às vezes o amor também. E mesmo quem tá chateada por não ter um amor do ladinho há muito tempo reclama, maldiz o amor.

A conclusão de tudo é que não deveria existir ciúmes, e que o amor, às vezes, é super-dispensável.

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